quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pescaria com bóia cevadeira e miçangas

Olá pescadores.
Após receber muitos e-mails me pedindo pra mostrar como se pesca com bóia cevadeira, resolvi montar esse material explicativo para que todos pratiquem essa modalidade.
Com a chegada do forte calor do verão, especialmente os Tambacus e Tambaquis, que são nossos principais alvos aqui, ficam muito ativos e sem dúvida alguma a pesca com ração na superfície se torna uma das melhores alternativas. Isso porque em muitos pesqueiros os peixes estão acostumados a receberem esse tipo de alimentação. 

Esse tipo de bóia foi criada para conseguirmos fornecer ração aos peixes mesmo estando bem longe deles, pois os “tambas” geralmente se alimentam bem no meio do lago. 
As cevadeiras possuem um copo acoplado a elas, onde devemos abastecer de ração (flutuante) para cevar. Quando a bóia bate na água, a parte de isopor sobe e a ração é liberada.
Começarei mostrando alguns modelos de bóias cevadeiras que eu costumo usar.


Algumas menores e outras maiores, porém o que muda apenas é o peso da bóia e sua capacidade de armazenar ração.


A montagem do material é bem simples. Junto a bóia, vem um rabicho preso por um girador. Em uma das argolas vamos prender a linha da carretilha/molinete e na outra o chicote com cerca de 2 metros.
Obs: na imagem abaixo utilizei chicote bem curto apenas para melhor visualização.



A linha da carretilha pode ser de 0,35 ou 0,38mm monofilamento e a do chicote costumo usar linha 0,45mm monofilamento também. Outra opção é fazer o leader com linha de fluorcarbono, que é mais resistente e transparente na água.
Vamos utilizar uma bóinha de lambari para regular a altura da isca. O tamanho deve ser o menor possível que você consiga visualizar a distância.



O pescador deve ficar bem atento e assim que a bóinha afundar garantir a fisgada, pois o peixe costuma ser rápido e largar rapidamente o anzol.



Eu prefiro utilizar carretilha no conjunto para essa pescaria, pois antes da bóia bater na água é necessário dar uma freiada na linha, para que o chicote com a bóinha passe por ela e não enrosque.
É possível dar esse tranco com molinete também, mas o desgaste na linha e risco de estouro é maior.
Agora que já atraímos os peixes para se alimentarem na superfície, vamos falar sobre como fazer para fisgá-los.
As miçangas são as iscas mais utilizadas nessa modalidade, pois visam imitar uma ração e assim enganar o peixe que acaba mordendo-a.
Temos várias opções de miçanga e em diversas cores. As mais usadas são a marrom e café com leite por serem mais parecidas com a cor da ração, porém já obtivemos resultados com todas as cores: vermelha, laranja, amarela, branca, preta etc.



Também utilizamos coquinhos, miçangas de madeira, caroço de azeitona e por ai vai. Nessa hora vale usar sua criatividade.



Em dias que os peixes estiverem bem ativos, eles costumam se alimentar mais na flor d´agua e em outros dias comerão mais pro fundo. Basta você regular a altura da miçanga através da bóinha e ir testando até chegar na altura ideal.
Uma dica muito importante para o dia que os peixes estão subindo bastante e comendo na superfície, é a utilização do E.V.A.



É um material que flutua na água, pode ser feito também com cortiça. Então colocamos o e.v.a no olho do anzol e abaixo a miçanga. Assim o anzol ficará bem na superfície junto com a ração da ceva.
Veja abaixo as diversas opções que podemos utilizar. Esse material é vendido em papelaria e também em lojas de pesca.



Eu tenho muitas opções de anzol com e.v.a e miçanga, mas estou sempre buscando novidades. Na foto abaixo vou mostrar o meu preferido e que costuma me render muitas fisgadas.



Outra opção é usar uma bolinha de cortiça no anzol, também imitando uma ração.



Agora que já falamos sobre as miçangas e sobre o e.v.a, vou mostrar as opções de anzóis.



Eu prefiro e utilizo o anzol de Robalo, mas isso é questão de gosto. Ele tem uma curvatura excelente para se prender a miçanga. Vale ressaltar que as miçangas devem ser colocadas pelo olho do anzol, antes de fazer o nó na linha.
Para finalizar a matéria, vamos dar outra dica: o snap.
Eu sempre o utilizo porque facilita muito a troca de anzóis, já que temos que ficar tentando até achar a melhor cor de miçanga e modelo de e.v.a para o dia.



Utilizando o snap não é necessário ficar fazendo nó toda vez que for trocar de anzol. Você faz apenas uma vez, prendendo o snap na linha do chicote, e quando quiser trocar o anzol basta abrir o snap.
Se o peixe estiver muito manhoso, experimente colocar o anzol direto na linha. O mais importante desse tipo de pescaria é ficar tentando até encontrar o esquema que funcione melhor para o dia.
É isso ai pessoal. Espero que tenham gostado e entendido um pouco de como funciona a pesca com bóia cevadeira e miçangas. Uma modalidade que vem ganhando muitos adeptos e vai nos render muitos “redondos” nesse próximo verão.
Outras espécies de peixes também podem ser fisgadas, como: Tilápia, Carpa, Matrinxã, Piraputanga.
É possível usar outras iscas também, como ração na pinga, massas, minhocoçu, salsicha etc.
Abraços a todos e VAMOS PESCAR!!!

Dúvidas podem ser postadas no final da matéria.

Postagem retirada do site:
http://loucosporpesca.com.br/


Imagens: Kleber Sanches
Texto: Kleber Sanches

Abraços: Renato Oliveira

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